terça-feira, 22 de março de 2011

Extremistas islamicos invadem Igreja Universal no Senegal

Eram dez e meia da manhã, horário local, da última sexta-feira (18) quando um grupo de jovens muçulmanos invadiu a Igreja Universal de um dos distritos de Dakar, Keur Massar, no Senegal-país africano-, com pedras, paus, facas, martelos e machados. Pelo menos três pessoas ficaram feridas e tudo foi destruído em poucos minutos.

De acordo com relatos de obreiros e membros da IURD, o povo se encontrava no templo para a oração de busca ao Espírito Santo, quando mais de 100 jovens cercaram a Igreja perguntando pelo pastor. Eles jogavam pedras e garrafas no interior da Igreja, quebrando tudo o que ali estava: cadeiras, lâmpadas, armários e eletrodomésticos. Os banheiros e as instalações elétricas foram danificados e até a Bíblia foi rasgada. O pastor teve de ser socorrido por um membro, pois as roupas dele foram levadas, ficando apenas com a roupa do corpo.

Os agressores foram detidos, e segundo informações da polícia local, o atentado foi premeditado por um responsável de uma mesquita próxima à IURD. O motivo do ataque se deu ao fato da esposa do líder do bairro estar frequentando a Igreja. Este é o terceiro atentado em uma Igreja Universal. O primeiro ataque ocorreu em setembro do ano passado. Na época, um grupo de cerca de 200 jovens entrou no local, ao término da reunião, arrancaram todas as cadeiras e atearam fogo nelas do lado de fora do templo.

O Senegal é um país cuja população é de maioria muçulmana, (95%) e apesar de ser um estado laico, as concepções da religião são vivamente impostas aos jovens desde o nascimento.

Revolta popular no Iêmen

As revoltas que tem derrubado as ditaduras nos países árabes não estão acontecendo por acaso.

As ditaduras sustentadas há mais de 30 anos no Oriente Médio e apoiadas por países do Ocidente são frutos de diversos fatores políticos e econômicos, a maioria dos países árabes passaram por um domínio neocolonial encabeçado por grandes potencias europeias. A forma que essas potencias encontraram de continuarem lucrando com o petróleo desses países após sua independência, foi o estabelecimento de ditaduras, além do mais havia o medo de a União Soviética se aproveitar do cenário político na época e estabelecer ali Estados comunistas.

O Iêmen é um desses países árabes nos quais essas revoltas tem ocorrido. Este país era divido ao meio em República Árabe do Iémen ou Iêmen do norte (dominado pelo Império Otomano) e República Democrática do Iémen ou Iêmen do Sul (dominado pela Grã-Bretanha). Em 1918 o norte tornara-se independente do Império Otamano e em 1967 o sul dos britânicos, mas a unificação politica de ambos os territórios só ocorreu em 1990. Atualmente cerca de 99,9% de sua população é muçulmana (o Islamismo é a religião oficial do país), e sua economia é predominantemente rural. O Iêmen é considerado o país mais pobre do Oriente Médio.

As recentes revoltas no Iêmen tiveram inicio no dia 12 de fevereiro de 2011, quando milhares de pessoas foram às ruas pedir a renuncia de seu atual presidente Ali Abdullah Saleh que está no poder desde 1978. As tradições tribais e as disputas em grupos sunitas e xiitas foram e são agravantes nas revoltas e guerras ocorridas no Iêmen. Após á renuncia de Hosni Mubarak no Egito, as manifestações se intensificaram e a população quer a qualquer custo a renuncia de Saleh antes de 2013 ultimo ano de seu atual mandato.

Segundo o site de noticias UOL Saleh alega que a tentativa de um golpe de estado contra seu governo pode gerar uma grande guerra civil, muitos países do mundo árabe como Síria, Arábia Saudita e Jordânia retiraram seu apoio ao governo de Saleh.
A constituição do Iêmen tem o Islamismo por religião oficial, a evangelização de muçulmanos é proibida e a apostasia um crime passível de morte.

Temos que orar para que esse atual cenário político possa gerar maior abertura ao evangelho, não só no Iêmen, mas em outros países como Líbia, Egito e Tunísia.

Marcelo Peixoto